PROMOVER O DIÁLOGO COM OS STAKEHOLDERS

Os grupos de interesse referem-se aos grupos de pessoas que estão relacionados às operações e ao rendimento de uma a empresa, conhecidos em inglês como “stakeholders”. Integram uma parte crucial nos resultados da empresa pela sua grande influência nas decisões que se toman e o fomento do diálogo permanente com eles é essencial para o desenvolvimento da empresa.

Dentro da redefinição das estratégias empresariais como consequência do impacto da COVID-19 sobre os padrões de consumo da população, uma parte fundamental é uma revisão das relações com e entre as partes interessadas de uma empresa ou produto. Assim, as empresas que mantiveram sua posição no mercado e até ganharam uma vantagem sobre seus concorrentes foram aquelas que conseguiram se adaptar às mudanças nas necessidades dos consumidores, muitas vezes conversando com seus stakeholders.

Por exemplo, o setor de educação superior foi fortemente impactado como um setor em que a entrega de produtos ou serviços foi presencial, apesar dos avanços incipientes na educação on-line. Por serem indefinidamente incapacitadas, as instituições foram confrontadas com a necessidade imediata de migrar para a prestação de serviços virtuais. Esta situação exigiu ajustes complexos em todos os grupos de interessados: professores, estudantes, pais ou funcionários, por exemplo. Estes ajustes ainda estão presentes e continuarão a evoluir, e é um exemplo claro de como o cultivo do diálogo com as partes interessadas é não apenas importante, mas crucial para a viabilidade do negócio.

Os sistemas educacionais tinham que ajustar a recepção das aulas ao modo digital, pois era a única alternativa disponível. Isto implicou em uma maneira diferente de ministrar educação, na qual é mais difícil aprender, não foi amplamente utilizada e requer outras ferramentas. Os professores, ou o grupo de interessados no ensino, tiveram que se ajustar a esta nova forma de interagir com seu público, mudando os formatos das palestras e avaliações e a forma como interagiam com seus alunos, entre muitos outros aspectos. A incapacidade de ter contato presencial com os estudantes significava que eles estavam ensinando em condições desconhecidas para a maioria deles.

Por sua vez, as instituições, uma vez estabelecidas no caminho de enfrentar essas mudanças em diferentes grupos de interessados, foram confrontadas com o novo desafio de responder àqueles que buscam uma entrega combinada ou fórmulas de entrega. Isto poderia representar um superdimensionamento de suas instalações ou uma oportunidade de ampliar sua base de alunos, pois as aulas virtuais podem ser freqüentadas por um número maior de pessoas ao mesmo tempo ou em momentos diferentes. Em outras palavras, as instituições estão, graças a esta nova realidade, em condições de multiplicar seu alcance a novos públicos que antes não podiam alcançar devido à capacidade física e instrucional.

Boas práticas:

No início da pandemia da COVID-19, a empresa mexicana de engarrafamento gastou US$ 6,5 milhões na adaptação e melhoria dos locais de trabalho com foco na prevenção do contágio. Além disso, a empresa apoiou o sistema de saúde, a comunidade e os grupos vulneráveis, beneficiando mais de 1,7 milhões de pessoas e 119 organizações da sociedade civil com doações de mais de $100 milhões de pesos mexicanos.

No âmbito da cadeia de valor, a empresa tem auxiliado clientes e recicladores com artigos de prevenção através de ONGs. Ela também acompanhou sete fornecedores estratégicos através do programa “Competitive Business” da Global Reporting Initiative (GRI), promovendo boas práticas entre eles.

Através de uma estratégia que incluiu a transferência de unidades móveis no âmbito de seus negócios na indústria alimentícia, a empresa coordenou com o Ministério da Saúde no Peru para desenvolver uma campanha contra a anemia que beneficiou mais de 120.000 pessoas.

O objetivo da campanha era promover alimentos ricos, através de palestras e explicações sobre sua importância na prevenção da anemia. Esta cooperação com uma entidade pública e de impacto cidadão é um exemplo de como desenvolver iniciativas estratégicas para várias partes interessadas.

Esta empresa brasileira, com operações em toda a região e parte da AnheuserBusch Inbev como subsidiária, implementou a cultura global da empresa para desenvolver relações com os agricultores como atores-chave na cadeia de valor dos negócios da Ambev.

Através de múltiplas iniciativas, a Ambev fomenta o relacionamento com os agricultores para encontrar maneiras de melhorar sua produtividade, rentabilidade e ajudá-los na gestão ambiental de suas culturas.

Baixar informe

1.

TENDÊNCIAS CHAVE

O novo normal, pós pandemia e pós-crise, nos coloca ambientes complexos aos quais as empresas não podem apenas responder.

UM

Liderando além do negócio

Este conceito expressa uma versão dos principais executivos de empresas que operam em…

DOIS

Automatizando o valor agregado

Sem dúvida, a pandemia da COVID-19 teve um grande impacto não só na saúde…

TRÊS

Estabelecendo modelos preditivos

Além do debate sobre a privacidade dos dados, o que o uso de grandes dados nos diz…

QUATRO

Marcas com propósito

A nova realidade do mundo dos negócios acelerou a internalização de um conceito que adquiriu grande importância…

CINCO

O magnetismo com o talento

O talento é um ponto de discussão que está em constante evolução. Em paralelo às demandas sociais, a captação…

SEIS

Os que dobraram a aposta

O impacto da COVID-19 na América Latina tem características particulares e comuns entre os países da região…

SETE

Expandindo redes

As stakeholders referem-se aos grupos de pessoas que são afetadas pelas operações da empresa…

2.

A MARCA MULTILATINA: UM MERCADO DE OPORTUNIDADES

Além dos desafios e tendências que as Multilatinas enfrentam, que só diferem das empresas globais…

3.

CONCLUSÕES

Depois de analisar as Multilatinas e seu desempenho comercial sob uma perspectiva glocal, com base nas tendências globais…